Por meio de proposição do mandato da vereadora Fernanda Miranda (PSOL), foi realizada, nesta quinta-feira (20), uma reunião sobre demandas da rede municipal de ensino junto à Promotoria Regional da Educação de Pelotas, com o promotor Paulo Roberto Charqueiro. Com a presença de um grupo de mães, pais e responsáveis de crianças matriculadas no berçário e maternal da EMEI Bernardo de Souza, um dos principais temas da reunião foi a demora e falta de resolução da gestão municipal para alocar estas crianças após a interdição do prédio da escola.
Considerada a maior escola de educação infantil de Pelotas, a EMEI Bernardo de Souza foi inaugurada em 2016. Desde o início, o prédio apresenta problemas e não dispõe de uma estrutura adequada para o número de estudantes que se propõe atender. Ao longo dos últimos anos, porém, os problemas estruturais do imóvel se agravaram a ponto do local ser interditado, após vistoria técnica constatar o risco de desabamento do prédio.
Desde a interdição do prédio, no último dia 23 de abril, a comunidade escolar vive um período de incertezas. Em um primeiro momento, chegou-se a ser comunicada a antecipação do recesso de inverno. Já no começo de maio foi anunciado pela Secretaria de Educação o plano de realocação dos alunos, com a pré-escola temporariamente transferida, com quatro turmas indo para a EMEI Ruth Blank e 12 turmas para salas do Instituto Estadual de Educação Assis Brasil. No entanto, os pais e responsáveis das crianças matriculadas no berçário e maternal aguardam até agora uma solução.
“A educação infantil é um direito, a creche é um direito! Eles estão sendo cerceados deste direito”, aponta a vereadora.
Outra demanda levada ao Ministério Público, foi a situação da EMEF Getúlio Vargas que ainda segue funcionando na estrutura provisório de containers, sem perspectiva de construção do novo prédio da escola. Além disso, foi encaminhado um documento com outros problemas enfrentados nas educação municipal, como a falta de profissionais e os problemas estruturais das escolas.