Reunião Pública na Câmara debate problemas de estrutura da EMEF Piratinino de Almeida, que seguirá com prédio anexo interditado até receber manutenção 

A vereadora Fernanda Miranda (PSOL) acompanhou, nesta segunda-feira (09), a reunião pública promovida na Câmara de Vereadores para tratar da situação da EMEF Piratinino de Almeida, do Areal. Há mais de três semanas, os estudantes de turmas dos anos iniciais estão sem aulas presenciais por conta problemas estruturais no prédio inaugurado em 2019, como infiltrações, goteiras e risco de choque elétrico.

A reunião, proposta pelo vereador Michel Promove (PP), contou com a presença da secretária de Educação, Adriane Silveira, da equipe técnica da SMED, vereadores e representantes da comunidade escolar. Em princípio, havia a previsão de retorno das aulas nesta semana mesmo com a não solução dos problemas de estruturas dos prédios. Na reunião desta segunda-feira, no entanto, a secretária assegurou que enquanto as obras de reparo no prédio não forem realizadas as aulas seguem suspensas naquele prédio.

A secretaria de Educação busca intermediação com instituições da comunidade para dar início a retomada das aulas, enquanto esse processo de intervenção na estrutura do local aconteça para que as crianças não percam o ano letivo e consequentemente possam se qualificar no espaço da escola”, afirmou Adriane. Como possíveis locais temporários para realocação das turmas foram citados a escola Lelia Romanelli Olmos e o Instituto de Menores Dom Antônio Zattera, ambos no Areal.

Representante das mães, Ana Paula reforçou a preocupação dos pais e responsáveis com a segurança das crianças. “Para aquele prédio, enquanto não arrumarem, a gente não quer voltar“, enfatizou. Já a professora Cátia Gomes contestou a recomendação do Conselho Municipal de Educação, de que as aulas deveriam ser retomadas de forma presencial nas 16 turmas dos prédios anexos, mesmo não tenha apontado onde a escola deveria realocar estes estudantes. “Entre colocar a vida desses alunos em risco ou recuperar as aulas entre janeiro e fevereiro, eu venho pra sala de aula em janeiro e fevereiro“, afirmou Cátia.

Em sua fala a vereadora Fernanda Miranda (PSOL) apontou que este problema enfrentado pela comunidade do Piratinino de Almeida não é novidade na rede municipal de ensino, visto que outras duas escolas do município já tiveram seus prédios interditados este ano devido a problemas estruturais. Em todos casos, há uma demora e dificuldade da comunidade de obter informações precisas quanto a prazos e quais medidas serão adotadas pelo executivo. 

“O Piratinino é uma escola que atende mais de mil estudantes, pra uma comunidade que não tem escola, nem de educação infantil! Lá na Vasco Pires estão esperando até agora pela conclusão da EMEI Vasco Pires. Cadê a escola de educação infantil pra desafogar o Piratinino e o Albina Peres? Tem problemas sérios de estrutura nas nossas escolas e tem problema de diálogo da SMED com as comunidades escolares”

Acompanhamento

No dia 19 de setembro, logo após tomar conhecimento da interdição das salas, a vereadora Fernanda Miranda visitou a escola e publicou um vídeo denunciando a situação, na qual as salas apresentavam verdadeiras poças de água por conta das infiltrações. Após a visita, o mandato protocolou dois pedidos destinados a SMED, um de providências solicitando a imediata manutenção no telhado dos novos blocos da EMEF. Já o pedido de informações questiona se o setor de engenharia da SMED realizou um laudo dos problemas de infiltração nas novas instalações da Piratinino, se a obra do novo bloco da escola tem garantia por parte da empresa construtora daquele conjunto e qual a previsão de conserto das instalações. 

Na última quarta-feira (04), a vereadora esteve acompanhando uma reunião do Conselho Municipal de Educação, que teve como pauta a situação do EMEF Piratinino de Almeida. Em princípio, havia por parte deste Conselho a recomendação de que as aulas para turmas iniciais não poderiam adotar o modo online e portanto a escola deveria apresentar o plano de recuperação das aulas das 16 turmas. A escola, desta forma, teria que retornar às aulas mesmo não tendo uma solução para os problemas de estrutura.

O problema de estrutura no novo prédio da escola não é uma novidade, visto que vem sendo reportado pela direção da escola desde maio deste ano. Nos últimos meses, após as fortes chuvas que atingiram a região, a situação ficou insustentável, visto que as goteiras ocasionaram em poças de água dentro de algumas das salas. Além disso, houve faiscamento e curto nas fiações de uma das salas, o que evidencia o risco que seria manter atividades com estudantes dos anos iniciais naquele espaço. 

O mandato da vereadora Fernanda seguirá acompanhando a situação da EMEF junto a comunidade e denunciando o descumprimento do acordado pelo Executivo, caso isso ocorra.

Deixe um comentário