Na manhã desta terça-feira (26), a vereadora e professora Fernanda Miranda (PSOL) utilizou a tribuna para se solidarizar com o professor que foi exposto por uma instituição de ensino privada ao exercer a sua liberdade de cátedra durante aula de biologia. A aula tratava do chamado “efeito estufa”, em que uma das medidas para minimizar os impactos ambientais, levantadas pelo professor, foi a diminuição do consumo de carne e arroz. A Escola publicou em suas redes uma nota contra o professor, alegando que o mesmo cometeu um equívoco ao tratar do tema, e se posicionando em favor do agronegócio e da valorização da matriz econômica local.
“Nossa defesa por uma educação pública, universal e de qualidade se fundamenta justamente na construção de uma visão de sociedade baseada na multiplicidade do pensamento crítico” colocou a vereadora. Para Fernanda, os temas abordados em sala de aula não podem ser pautados exclusivamente pelo viés econômico ou religioso, como o que ocorre, muitas vezes, nas instituições privadas de ensino. A parlamentar apontou para a tentativa de censura dos debates que contrariam a ordem hegemônica do capital e fez uma relação com o projeto “escola sem partido” que silencia algumas ideias em detrimento de outras.
“É preciso que o modelo de produção que vivemos seja questionado, pois a exploração exacerbada do meio ambiente através do agronegócio, da monocultura, do envenenamento do solo, do desmatamento e da dizimação dos povos originários já comprovou que só gera morte, fome, desemprego e concentração de renda para poucos.” completou.
A vereadora finalizou o pronunciamento reiterando a denúncia do modo de produção capitalista e sua defesa de uma sociedade do bem viver, através da construção coletiva, do pensamento crítico, da educação inclusiva, universal, pública e totalmente gratuita para todas as pessoas.
Foto: TV Câmara
Um mandato necessário 