Na manhã desta terça-feira (01) ocorreu a primeira Sessão Ordinária do legislativo pelotense com eleição das comissões temáticas da Casa para 2022. Na ocasião, as bancadas indicaram um nome para concorrer à presidência e vice-presidência de cada uma das 15 comissões, e as indicações passaram para o regime de votação.
A Bancada do PSOL indicou o nome da vereadora Fernanda Miranda, professora e servidora municipal, para a presidência da comissão de Educação e de Serviços Públicos, e do vereador Jurandir Silva, engenheiro agrônomo, para a presidência da comissão de Meio Ambiente, defendendo a afinidade, experiência e trabalho desenvolvido pelos parlamentares nas temáticas. O vereador Michel Promove (PP) que havia sido indicado para a comissão de Educação renunciou por entender que a vereadora Fernanda seria o melhor nome. Todavia, com apenas o voto das vereadoras Cristina Oliveira (PDT), Miriam Marroni (PT) e o seu próprio, a vereadora Fernanda não teve os votos para assumir as comissões indicadas. O vereador Jurandir ficou com a vice-presidência da comissão de Meio Ambiente.
Em contrapartida, o vereador Márcio Santos do PSDB, partido da prefeita Paula, acumulou a presidência da comissão de Educação e da comissão de Saúde e a vice-presidência da comissão de Proteção Animal e de Cultura e Desporto.
Com maioria das cadeiras – e dos votos – a base do governo Paula se articulou para estar a frente das comissões de Saúde, Serviços Públicos, Cultura, Habitação, Educação, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Segurança, Ciência e Agricultura. A oposição ficou apenas com a presidência da Comissão de defesa dos direitos das pessoas com deficiência, com a bancada do PT.
Esse cenário evidencia ainda mais o controle da prefeitura sobre o parlamento e a forma como serão trabalhadas as principais pautas na Câmara. Além disso, a eleição das comissões foi uma resposta a como a oposição – em especial a Bancada do PSOL – conseguiu fazer resistência aos ataques do governo Paula contra o povo em 2021, através dos debates públicos e do consistente trabalho realizado nesses espaços temáticos.
Será um ano extremamente difícil, com inúmeros desafios e ainda mais ataques contra a classe trabalhadora pelotense. Não ocupar os espaços burocráticos do parlamento não irá nos impedir de seguir construindo a luta e a resistência frente aos governos inimigos do povo nem de seguir firmes na defesa dos interesses das trabalhadoras e trabalhadores. Mas para isso, precisaremos ainda mais da força das ruas e das coletividades organizadas.
Foto: Gabriel Xavier (TV Câmara) durante a Sessão do dia 01/02/22.
Um mandato necessário 